Ir ou não ir

Ir ou não ir

Actos 21,1-16 descreve o fim da terceira viagem missionária de Paulo, que se dirige para Jerusalém, consciente de que vai ser preso.

Em Actos 20,22-24, Paulo afirma que está "ligado pelo Espírito" para ir a Jerusalém e está disposto a enfrentar a prisão ou a morte para cumprir o seu ministério.

Enquanto Paulo viaja, pára em várias cidades onde os crentes, através do Espírito Santo, o avisam para não ir para Jerusalém.

Isto cria uma tensão aparente: o Espírito tanto obriga Paulo a ir como avisa os outros dos perigos. A interpretação proposta é que o Espírito revela a realidade do sofrimento, mas não contradiz a vocação de Paulo.

Em Cesareia, Paulo fica com Filipe, o Evangelista - um dos sete primeiros escolhidos em Actos 6 - cujas quatro filhas são conhecidas pelo seu dom de profecia.

A visita é significativa porque Paulo (anteriormente Saulo) perseguiu em tempos crentes como Filipe e foi cúmplice na morte de Estêvão, amigo de Filipe. Este momento sublinha o poder redentor do Evangelho.

Um profeta chamado Ágabo confirma dramaticamente a prisão iminente de Paulo, atando as suas próprias mãos e pés com o cinto de Paulo, simbolizando o futuro de Paulo.

Apesar de todos os avisos, Paulo mantém-se inabalável no seu compromisso de partir, afirmando que está pronto a sofrer ou a morrer pelo nome do Senhor.

Os que o rodeiam acabam por deixar de o tentar dissuadir e submetem-se à vontade do Senhor.

Esta passagem sublinha a importância de discernir a orientação do Espírito, especialmente quando esta entra em conflito com conselhos humanos bem intencionados.

O tema geral enfatiza a obediência inabalável ao chamamento de Deus, mesmo quando isso envolve custos ou riscos pessoais.

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