Génesis 4-5
Depois de deixarem o Éden, Adão e Eva têm dois filhos: Caim, um agricultor, e Abel, um pastor. Ambos trazem ofertas a Deus - Caim das suas colheitas, Abel dos primogénitos do seu rebanho. Deus aceita a oferta de Abel, mas não a de Caim, embora o texto não explique porquê. Caim fica zangado e invejoso, ignorando o aviso de Deus de que o pecado está "agachado à porta". No seu ciúme, Caim mata Abel, cometendo o primeiro assassínio.
Quando Deus interroga Caim, este nega a responsabilidade, respondendo: "Sou eu o guardião do meu irmão?" Deus castiga-o amaldiçoando a terra e tornando-o um fugitivo. No entanto, apesar do seu pecado, Deus protege Caim com uma marca para impedir que outros o matem - mostrando a misericórdia divina mesmo para com os culpados. Caim instala-se na terra de Nod, a leste do Éden, onde os seus descendentes constroem cidades e desenvolvem actividades comerciais, mas também espalham a corrupção moral. Lameque, um dos descendentes de Caim, comete um assassínio e introduz a poligamia, mostrando como o pecado se agrava ao longo das gerações.
Mais tarde, Adão e Eva têm outro filho, Sete, que Eva reconhece como uma dádiva de Deus - sinal de fé e esperança renovadas. Através da linhagem de Sete, as pessoas começam mais uma vez a "invocar o nome do Senhor".
O capítulo 5 traça as gerações de Adão a Noé. A maioria dos nomes termina com "e ele morreu", enfatizando a realidade da morte que entrou pelo pecado. No entanto, Enoque se destaca - ele "andou com Deus" e não morreu, pois Deus o levou. A sua vida simboliza a estreita comunhão com Deus e a esperança de vencer a morte através da fé.
As principais lições são:
- O pecado cresce se não houver arrependimento e separa as pessoas de Deus.
- O amor e a misericórdia de Deus persistem mesmo quando a humanidade falha.
- A verdadeira vida e paz vêm da caminhada diária com Deus, como fez Enoque.
Mesmo nas genealogias da morte, as Escrituras apontam para a esperança, a redenção e a restauração da relação com Deus.