Actos 28:1-16
Paulo e os seus companheiros naufragaram na ilha de Malta por volta de 58 d.C., mas todos sobreviveram. Apesar do frio e da chuva, os habitantes locais mostraram-se amáveis, fazendo uma fogueira. Enquanto Paulo ajudava, foi mordido por uma víbora. Os habitantes locais pensaram que se tratava de um criminoso castigado pelo destino, mas quando ele ficou ileso, mudaram de ideias e chamaram-lhe deus. Esta mudança mostra a rapidez com que as pessoas julgam com base nas aparências. A lição que se tira é a de evitar julgamentos precipitados e, em vez disso, usar a sabedoria e o discernimento, como ensinam as Escrituras (João 7:24, Provérbios 18:13, 22:3, 27:12).
Paulo curou então o pai de Públio, o principal funcionário da ilha, e muitos outros. Estas curas reflectem o ministério de Jesus (Lucas 4:38-40) e demonstram a promessa de Jesus de que os crentes fariam obras semelhantes (João 14:12). Segundo a tradição, Públio tornou-se o primeiro bispo de Malta, e artefactos cristãos de séculos mais tarde confirmam a presença cristã.
Depois de passar o inverno na ilha, Paulo retomou a sua viagem em direção a Roma. A sua rota coincide com os caminhos históricos do comércio romano de cereais. Quando chegou a Itália, foi recebido por crentes, o que mostra que o Evangelho já tinha chegado a Roma, provavelmente através de convertidos anteriores. Paulo até tinha escrito a sua carta à igreja romana anos antes.
Em Roma, Paulo foi colocado em prisão domiciliária com um guarda, mas permitia visitas e continuava a pregar. Durante este tempo, escreveu várias cartas do Novo Testamento. Os guardas acorrentados a ele - membros da elite da Guarda Pretoriana - foram expostos ao Evangelho e impactados por ele (Filipenses 1:13).
A mensagem conclui com três pontos-chave: Primeiro, confiar em Deus durante as dificuldades. Os desafios podem não significar que está fora do caminho, mas podem fazer parte do Seu plano (Romanos 8:28). Segundo, você pode servir a Deus em qualquer circunstância, assim como Paulo fez quando estava preso. Terceiro, o verdadeiro valor não se encontra na fama ou na riqueza, mas no amor infinito e pessoal de Deus. Somos profundamente amados por Deus, não como parte de um grupo, mas de forma única, como se fôssemos a única pessoa no universo. O sacrifício de Jesus na cruz é a demonstração máxima desse amor.